O vermelho e o negro é uma narrativa ágil, alegre e informativa da vitóriosa trajetória do Flamengo escrita por um dos mais premiados autores nacionais.
Sua camisa vermelha e preta viaja de canoa pelos igarapés, galopa pelas coxilhas, caminha pelos sertões, colore todas as praias, está nos barracos e nas coberturas. Suas cores vestem homens e mulheres, famosos e anônimos, pobres e ricos, idosos e crianças, feios e bonitos. Quem é? Leva o prêmio quem disser Flamengo. É o clube de maior torcida do Brasil e – por que ser modesto? – do mundo. Com seus quase 40 milhões de adeptos, chega perto da população inteira da Espanha. E, apesar de cobrir todo o território, é surpreendentemente una. (Como se explica que um rubro-negro do Acre ou de Caxias do Sul reaja exatamente como um rubro-negro do Leblon?) No dia em que se estudar a fundo a integração nacional à luz da modernidade, vai-se descobrir que, além do Flamengo, talvez só a Igreja Católica e o jogo do bicho sejam tão abrangentes. Não por acaso, as três instituições se alimentam da mesma matéria-prima: a fé. O vermelho e o negro (originalmente editado pela DBA, em 2001) é uma narrativa ágil, alegre e informativa da (mais que centenária) trajetória do Flamengo, por um escritor de pele decididamente rubro-negra: Ruy Castro. Sim, é o livro de um torcedor do Flamengo. Mas para ser lido também pelos torcedores dos times adversários e até pelos que não torcem por time nenhum – e que, depois disso, talvez entendam melhor a magia que o futebol desperta.
RUY CASTRO começou como repórter em 1967, no Correio da Manhã, do Rio, e passou por todos os grandes veículos da imprensa carioca e paulistana. A partir de 1990, concentrou-se nos livros. É autor de biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues, e de livros de reconstituição histórica, sobre o samba-canção, a Bossa Nova, Ipanema, o Flamengo e o Rio de Janeiro moderno dos anos 20. Em 2021, ganhou o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras.